domingo, 26 de dezembro de 2010

MISSÕES TRANSCULTURAIS HOJE

Estudo sobre Missões
Pr. João Barbosa da Silva e Mssª. Laudicéa Barboza


DESENVOLVIMENTO
O centro dos povos não alcançados do nosso mundo
subsiste em um espaço comparado a uma janela retangular no mapa mundi, geralmente chamado de “cinturão de resistência” (Is 9.1,2; Mt 4. 13-16).

Essa janela estende-se do Oeste da África ao Leste da Ásia, estando de 10 a 40 graus da Linha do Equador e por essa razão é conhecida como Janela 10/40, que compreende a maior parte do mundo mulçumano, indú e budista – bilhões de almas empobrecidas.

Em pleno século XXI, é necessário que os nossos esforços estejam localizados na evangelização da Janela 10/40.

 Esta Janela nos confronta com importantes considerações:
Primeiro – O significado histórico e bíblico;
Segundo – Os países menos evangelizados;
Terceiro – O domínio de três blocos religiosos;
Quarto – A predominância da pobreza;
Quinto – Os grupos étnicos lingüísticos não alcançados;
Sexto – As grandes metrópoles não evangelizadas;
Sétimo – As fortalezas de Satanás.

Nesta região do mundo (Janela 10/40), estava o jardim do Éden.
Adão e Eva viveram nesta região.
Babel, local da confusão das línguas também situava-se nesta região.
Os três grandes Patricas: Abraão, Isaque e Jacó também viveram ali.
Jesus Cristo nasceu, viveu, foi crucificado e ressuscitou de entre os mortos ao terceiro dia, também ali na região da Janela 10/40.

97% das pessoas dos países menos evangelizados vivem na Janela 10/40.
82% dos pobres mais pobres vivem na Janela 10/40.
Os últimos dados estatísticos nos mostram que cerca de 33% dos moradores da terra nunca ouviram falar de Jesus.

O quadro é mais ou menos assim:
Aproximadamente dois bilhões de pessoas seguem o Cristianismo, incluindo os cristãos nominais;
Dois bilhões já ouviram falar de Jesus pelo menos uma vez;
E dois bilhões, pelo menos, nunca ouviram falara de Jesus.

Como alcançar estas etnias no Século XXI?
Com a globalização as culturas mundiais ficam mais próximas, de forma que uma cultura absorve com mais rapidez os costumes de outra cultura.
O evangelista intercultural, para ter sucesso, precisa estar familiarizado com a cultura do povo que pretende evangelizar.

DEUS O CRIADOR DA DIVERSIDADE HUMANA
 Grupo Étnico – É um grupo sociológico significativamente grande, de pessoas conscientes de partilharem um vínculo comum (Gn 15.18-21; At 2.5-11).

Os seres humanos fazem parte de grupo culturais.  
Estes agrupamentos existem desde a confusão das línguas na Torre de Babel. Desde os tempos bíblicos até os atuais, com muita freqüência os seres humanos têm sido considerados em torno dos grupos étnicos a que pertencem sua tribo ou casta (Gn 11.1-8; Ap 7.9,10,14-17).

Na história moderna o surgimento do nacionalismo e da crescente urbanização, têm obscurecido as diferenças entre esses distintos grupo.
Essas diferenças porém, ainda persistem e podem constituir grandes barreiras ou boa oportunidade para difusão do evangelho.

Esta verdade é demonstrada claramente pelas palavras de Jesus em Mt 19,20 e Mc 16.15 – frequentemente citadas como a grande comissão.
Nossa habilidade para compreender o mandato de Jesus, depende de como vemos o mundo.

Aprendemos a ver o mundo de acordo com a organização das Nações Unidas, onde as Nações, Estados ou Países com fronteiras políticas determinadas pelo homem dividem as massas geográficas.

Aprendemos a ver o mundo de acordo com essas fronteiras. Mas, essa não é a forma como Deus vê o mundo. É por isso que Mateus ao usar a palavra “ethnos, gente ou povo”, em lugar de “País”, lembra-nos que o Senhor Jesus Cristo nos mandou “fazer discípulos de todos os povos”. 

Se vamos ser evangelistas interculturais fiéis e eficientes temos de ir a todos os povos, não apenas a todos os países.
É preciso pregar o evangelho em cada grupo étnico de modo que cada família e cada indivíduo tenha oportunidade de aceitar o Senhor Jesus Cristo.

Jesus não era sociólogo nem antropólogo mas entendia os princípios que regem estas áreas muito mais do que nós.
Organizou um grupo sólido, dedicado e coerente de discípulos, tirando-os de um único grupo étnico.
Ensinou-lhes a trabalhar em meio a seu próprio étnos, ou povo.

A seguir mandou-os “fazer discípulos de todos os etnos”,
Disse-lhes que estendessem o seu ministério até aos confins da terra (Mt 28.19; At 1.8).

Quando Jesus curou o endemoninhado gadareno na região de Decápolis, o homem quis seguí-lo como os demais. Mas Jesus lhe disse que fosse contar á sua família quão grandes obras o Senhor tinha feito por ele (Mc 5.1-20).

Jesus exerceu um ministério intercultural entre os samaritanos (Jo 4.39-42).
Os discípulos tiveram êxito na evangelização intercultural por causa da sua coesão, dedicação e habilidade em comunicar e viajar livremente pelo império romano e também pelo poder do evangelho demonstrado na vida deles.
Mas também tiveram êxito porque seguiram a ordem que Jesus havia estabelecido.
Fundaram igrejas em meio a seu próprio povo mas não se descuidaram da necessidade de outros grupos étnicos ouvirem o evangelho (At 11.19-2; 13.1-3).

Enviaram equipes de evangelistas através de fronteiras culturais, raciais e linguísticas, estabelecendo igrejas a enviar equipes missionárias a outros povos. De sorte que todos os habitantes da Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus (At 19.10-12).

Os próprios inimigos da obra reconheciam que os apóstolos haviam evangelizado o mundo com estas palavras e chegaram até eles (At 17.6: 19.23-27).

CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo era um judeu rico e culto, que sacrificou as tradições de seus antepassados, deixando tudo para a salvação do maior número de almas (Fp 3.5-8).
O Reino de Deus cresce à medida que os pecadores vão se convertendo ao Senhor Jesus.

A igreja é a única agência do Reino de Deus escolhida pelo Senhor Jesus a levar a mensagem do evangelho a um mundo que perece por causa do pecado (Jo 15.16; Lc 24.46,47).

A SALVAÇÃO E A CRUZ DE CRISTO - Estudo Bíblico

 (1º Pe 1.18-21; Rm 3.24-26)
Pr. João Barbosa da Silva e Mssª. Laudicéa Barboza

INTRODUÇÃO 
No Antigo Testamento encontramos muitas Figuras, Tipos e Sombras, através dos quais o Plano da Salvação de Deus era gradativamente revelado aos filhos dos homens; e entre estas Figuras, Tipos e Sombras, a Bíblia nos fala de quatro figuras da Salvação: Propiciação, Redenção, Justificação e Reconciliação.

DESENVOLVIMENTO
Propiciação:
O que significa Propiciação? Propiciar significa apaziguar ou pacificar a ira de alguém.
No Tabernáculo feito por ordem de Deus, havia o Propiciatório (uma rica lâmina de ouro) que tampava a Arca do Testemunho (Ex 37.6).
Sobre o Propiciatório era aspergido o sangue de animais (Lv 16.11-18).
Lá no interior do véu era feita a Propiciação ou a Pacificação, de Deus com o Pecador.
Cristo foi feito por Deus, Propiciação por nossos pecados (Rm 3.24,25).
João diz que Cristo é a Propiciação pelos nossos pecados ( 1 Jo 2.2).

Redenção:
O que significa Redenção? Redimir significa comprar de volta, resgate (Mc 10.45; 1 Pe 1.18,19).
O Remidor tinha que ser um parente próximo (Rt 4.1,2,4-6,14).
Depois os cantores filhos de Corá, no Salmo 49 deram uma dimensão mais elevada (Sl 49.6-8).
Cristo deu-nos sua vida para remir-nos de toda iniqüidade (Tt 2.14).

Justificação:
Agora estamos no Tribunal.
Justificar é o posto de condenar, neste caso – abjulgar.
O Juiz considera o acusado inocente.
Deus é o Juiz; além de conceder ao pecador inocência, concede-lhe uma justa posição perante Ele (Rm 5.18; 8.34).
O Profeta Isaias nos fala do servo justo e sofredor que justificará a muitos (Is 53.11).

Reconciliação:
Deixando o recinto do templo, nas lides do comércio e dos tribunais, podemos entrar no recinto familiar.
A quarta Figura nos fala de restauração de um relacionamento.
Renovação de uma amizade que tinha sido quebrada, rompida.
O ser humano estava separado de Deus (Is 49.2).
Mas agora estão reconciliados com Deus mediante a morte de seu filho (Rm 5.9-11).

CONCLUSÃO:
A Propiciação ressalta a ira de Deus sobre nós.
A Redenção ressalta o nosso cativeiro.
A justificação ressalta nossa culpa.
A Reconciliação ressalta a nossa inimizade com Deus.
Deus fez a Propiciação, a Redenção, a Justificação e a Reconciliação.








PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO - Estudo sobre Missões


Pr. João Barbosa da Silva (pastorjoaobarbosa@gmail.com)

1. INTRODUÇÃO

·        Em sua primeira viagem, Paulo e Barnabé partindo da cidade de Antioquia da Síria desceram até a Seleucia, distante 25km de Antioquia da Síria, de onde navegaram 208 km até o Porto de Salamina, extremidade Oriental da Ilha de Chipre que ficava localizada na parte Leste do Mar Mediterrâneo.

·        De Salamina, eles atravessaram a ilha até Pafos, a capital da província, distante 144km a Sudeste. Deus já havia criado as condições favoráveis à pregação do evangelho.

Esta ilha era a terra natal de Barnabé e era um campo adequado para a obra missionária, pois tinha grande população judaica. Alguns anos antes, o evangelho já havia sido pregado ali (At 11.19,20) com algum sucesso.

 O Espírito Santo deu ao apóstolo, uma estratégia de em toda cidade aonde chegar, pregar o evangelho primeiramente nas sinagogas, fato que se tornou uma marca do trabalho missionário de Paulo (At 13. 14,42,43; 14.1; 17.1,10; 18.4,19; 19.8).

Como a ilha era habitada por gregos e judeus, os apóstolos, primeiro pregavam aos judeus e depois aos gregos (Rm 1.16).

Em Pafos, um judeu mágico, falso profeta chamado Bar-Jesus At 13.6), não permitia que o Procônsul, que era a autoridade máxima da Ilha, ouvisse o evangelho. Paulo repreendeu aquele filho de Belial e o Procônsul aceitou a Cristo como Salvador (At 13.6).

·        De Pafos eles navegaram para a cidade de Perge, capital da província da Panfília, no Sul da Ásia Menor. Paulo já tinha pregado o evangelho na Silícia, quando se converteu a Cristo, e voltou para Tarso (At 9.30), de onde Barnabé o trouxe para a Antioquia da Síria (At 11.25,26).

Paulo desembarcou em Atália, porto marítimo de Perge, de onde João Marcos voltou para casa e Paulo e Barnabé prosseguiram viagem para Antioquia da Psídia, que ficava na Frígia, mas muito perto da Panfília, a 160 km ao norte de Perge e 1.100m acima do nível do mar, às margens de uma importante estrada romana.

Em Antioquia da Psídia uma grande multidão creu e aceitou a Cristo, mas os judeus tomados de inveja expulsaram a Paulo e Barnabé.

Ali os dois apóstolos notaram que como os judeus estavam rejeitando a Cristo, Deus os estava enviando aos gentios. Quando os gentios ouviram isto, glorificaram ao Senhor (At 13.44-51).

·        De Icônio eles foram para Listra e Derbe. Estas duas cidades junto com Icônio pertenciam a província romana da Galácia.

Em Listra, Paulo e Barnabé dirigiram-se a uma audiência puramente pagã, quando Deus curou um aleijado.

O povo tentou adorar a Paulo e Barnabé, porque diziam: os deuses se fizeram homens e baixaram a nós (At 14.8-18).

Depois destes milagres, judeus vindos de Antioquia da Psídia e de Icônio, juntaram-se em Listra e instigaram as multidões contra Paulo e apedrejaram o apóstolo. Julgando que ele estivesse morto o lançaram fora da cidade (At 14.19).

No outro dia, os crentes ajudaram a Paulo e Barnabé e os levaram para Derbe, uma cidade de fronteira Licaônica, na parte sudeste da Galáxia, 80 km a Sudeste de Listra.


3. CONCLUSÃO
Nesta primeira viagem missionária de Paulo ocorrera com grande sucesso. Milhares de pessoas aceitaram a Cristo. Deus abrira a porta da fé aos gentios e eles tiveram acesso às bênçãos do evangelho (1 Co 16.9; 2 Co 2.12; Cl 4.3).

Inclusive, deixando os judaizantes enciumados. “Os gentios devem cumprir a lei para a salvação” (At 15.1-5).

No entanto, eles desconheciam que a salvação dos gentios era o cumprimento das promessas de Deus feitas a Abraão de através dele, abençoar todas as nações.

Os relatórios da viagem dos apóstolos Barnabé e Paulo na igreja da Antioquia, foram recebidos com muita alegria, porém começava a surgir uma grande ameaça dentro da própria igreja.

Muitos, vindos da Judéia, ensinavam aos irmãos que deviam se circuncidar (At 15.1), e o argumento era muito forte, pois a circuncisão era uma exigência perpétua (Gn 17.9-14). Jesus foi circuncidado e nunca falou contra a circuncisão.

Foi então organizado em Jerusalém, um Concílio para se discutir a questão da circuncisão e da guarda da Lei de Moisés pelos crentes gentios, como queriam alguns da seita dos fariseus, que tinham crido no evangelho e diziam que era mister circuncidar todos os gentios que haviam recebido a Cristo como Salvador, e também obrigá-los a guardar a Lei de Moisés (At 15.1-6).

Paulo e Barnabé foram enviados pela igreja de Antioquia da Síria ao Concílio de Jerusalém para expor aos apóstolos o que Deus vinha operando entre os gentios. Naquela reunião de Jerusalém, a igreja decide que a circuncisão já não é necessária. 

O Espírito Santo guia e dirige os assuntos desta importante reunião, da qual Lucas dá um relato completo, conforme podemos observar:
1.    Introdução do tema da circuncisão em Antioquia (At 15.1,2).
2.    O conflito em Jerusalém (At 15.3-5).
3.    Os discursos (At 15.5-21).
4.    A carta do Concílio aos crentes gentios (At 15.22-29)
5.    O relatório para a igreja (At 15.30-35).